Há uns vinte anos atrás (quando eu já tinha completado pouco mais de 37 anos dedicados a quase todos os se segmentos relacionados às atividades ligadas a viagens, transporte, turismo, hotelaria e organização de eventos e achando que eu já estivesse pronto para me aposentar da minha longa carreira), vi-me surpreendido pela honrosa proposta de cuidar, no Brasil, da promoção, divulgação e do marketing de dois importantes destinos turísticos: a belíssima cidade de Tampa, localizada no Estado da Flórida (EUA), e de um dos países mais incrível do mundo, o imenso território de Canadá.
Nunca havia tido qualquer tipo de envolvimento direto com a função específica e senti, de imediato, o peso da responsabilidade que teria para garantir o sucesso que esperavam de mim.
Tentei consolidar todo o conhecimento que havia adquirido ao longo da minha vida profissional e, com certa criatividade, bom senso e muita pesquisa sobre o que se fazia, no mundo tudo nesta área, passei a elaborar um plano de afazeres, integrado, que pudesse atingir, de fato, os objetivos inerentes à incumbência pela qual me havia me comprometido.
Passei a visitar as principais operadoras de turismo, procurando seduzi-las a criar e desenvolver pacotes turísticos para os destinos que eu representava, fazê-los incluir informações e serviços nos seus websites; convidando-as mesmas para viagens de familiarização a fim de conhecer de perto estes mesmos destinos; efetuando contatos junto a centenas de agências de viagens no intuito de conscientizá-las com as belezas, as atrações, os serviços e as boas razões de se conhecer e visitar estas regiões; mantive uma aproximação estratégica junto às companhias aéreas que voavam entre o Brasil e os Estados Unidos e Canadá; dei relevante atenção à mídia (em geral, especializada ou não) com constantes informações sobre os destinos e sobre todas as novidades que pudessem interessar os seus leitores, ouvintes e/ou telespectadores; convidei membros da mídia para viver e ver de perto os núcleos mais importantes dos meus dois destinos; enviei emails para todos os principais profissionais da área que pudessem, direta e/ou indiretamente, se transformar em multiplicadores promocionais; utilizei mídia convencional para veicular anúncios, assim como me beneficiei de todas as vantagens oferecidas pelas mídias sociais; participei de quase todos os eventos do trade turístico (como expositor e/ou para turbinar networking entre os participantes); organizei inúmeros seminários com o objetivo de educar os profissionais da área sobre os destinos em questão; não esqueci de manter contatos especiais junto às principais entidades de setor (associações de classe, federações, sindicatos, comissões específicas assim como dos consulados dos EUA e do Canadá); entre outras centenas de atividades e ações específicas que considerei oportunas.
De lá para cá, tive a oportunidade de desenvolver trabalho semelhante, também, para as cidades de St. Petersburg e Clearwater (ambas na Flórida) assim como para a cidade de Park City (no Estado de Utah, nos EUA).
Mas, se tem uma lição que aprendi, no decorrer desta minha nova prática, é que o marketing de destino é, sem sombra de dúvida, uma responsabilidade global que de fato envolve, diretamente, não apenas o desempenho das empresas e dos profissionais dos setores de viagens e de turismo (residentes no próprio destino e/ou distribuídos através dos mercados de interesse nos quais se almeja um aumento de demanda) mas se constitui, principalmente, no envolvimento e no empenho efetivo e individual de cada um dos residentes do destino em questão (sejam eles empresas, organizações e/ou habitantes) que se transformam em co-responsáveis pelo sucesso a ser alcançado.
Commentaires